Diabetes: tudo o que você precisa saber para uma vida saudável

Se você ou alguém que conhece vive com diabetes, saiba que não está sozinho. As projeções das Nações Unidas indicam que até 2050, 1,3 bilhão de pessoas em todo o mundo terão sido diagnosticadas com diabetes, representando cerca de 13% da população global. Atualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 422 milhões de pessoas vivem com diabetes no mundo, o que representa 10% dos adultos. 

Aqui no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, somos o país com a maior prevalência de diabetes na América Latina, com aproximadamente 22 milhões de brasileiros convivendo com a doença, o que equivale a 10,2% da nossa população. 

Por isso, é importante entender melhor o que é diabetes, como afeta o corpo e quais são as formas de cuidar da saúde ao conviver com essa condição.

O que causa o diabetes? 

O diabetes ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o corpo não a utiliza de forma eficaz. Isso pode ser influenciado por fatores genéticos e/ou ambientais, como a alimentação e o estilo de vida.

Se você acabou de descobrir que tem diabetes ou já convive com a condição há algum tempo, é natural sentir-se sobrecarregado. Saiba que há muitas pessoas na mesma jornada. Para se ter uma ideia, o Brasil é o sexto país com maior incidência de diabetes no mundo e o terceiro em casos de diabetes tipo 1

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% da população mundial tem diabetes, e mais da metade das pessoas ainda não foram diagnosticadas. A OMS estima que 537 milhões de pessoas em todo o mundo têm diabetes.

O que é diabetes tipo 2? 

Existem vários tipos de diabetes. A maioria das pessoas com a condição (90%) tem o tipo 2, que acontece quando o corpo não usa a insulina adequadamente ou não produz insulina suficiente para controlar os níveis de glicose no sangue. 

Embora seja mais comum em adultos, o aumento da obesidade entre crianças e adolescentes tem levado a mais casos entre os mais jovens. Gerenciar o diabetes tipo 2 pode ser possível com atividade física regular e uma alimentação saudável. Mas em alguns casos, o uso de medicamentos ou insulina pode ser necessário.

O que é considerado diabetes tipo 1? 

O diabetes tipo 1, por outro lado, é uma condição autoimune onde o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Isso resulta na necessidade de insulina para ajudar a glicose a entrar nas células e ser usada como energia.

No diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta do pâncreas, que são responsáveis por produzir insulina. Sem insulina, a glicose se acumula no sangue em vez de ser usada como energia pelas células do corpo.

O diabetes tipo 1 geralmente aparece na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Viver com essa condição pode exigir algumas mudanças, como a administração regular de insulina, planejamento alimentar cuidadoso e a prática de atividades físicas para ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue.

Quais são as pessoas que têm maior risco de ter diabetes?

Se você é uma mulher vivendo com diabetes, saiba que 11,1% das mulheres no Brasil são afetadas pelo diabetes, em comparação com 9,1% dos homens. Os dados são  da pesquisa Vigitel 2023, que é feita desde 2006. 

Cada pessoa com diabetes têm uma experiência única com a condição, e o que funciona para uma pode não funcionar para outra. Portanto, é essencial desenvolver com seu médico um plano de tratamento que se adapte às suas necessidades individuais.

Outros fatores como o sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão.e hábitos alimentares inadequados podem influenciar no desenvolvimento da doença. Além desses, o tabagismo e o exagerado consumo de álcool.

Lidar com o diabetes pode parecer uma tarefa árdua, mas com o apoio e o conhecimento adequado, é possível gerenciar a condição de maneira eficaz. A chave está em manter-se informado, seguir as orientações médicas e adotar um estilo de vida saudável. 

Quais são os tipos de diabetes?

Vamos conversar mais sobre os tipos de diabetes e como eles podem afetar sua vida. Saber mais sobre cada tipo pode ajudar você a entender melhor a condição e encontrar a melhor forma de gerenciá-la.

Diabetes tipo 1  

O diabetes tipo 1 é uma condição autoimune em que o corpo não produz insulina. Sem insulina, as células não conseguem absorver glicose, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue. Esse tipo de diabetes geralmente é diagnosticado na infância ou adolescência, mas também pode ocorrer em adultos.

Sintomas do diabetes tipo 1  

  1. Sede excessiva
  2. Urinar frequentemente
  3. Fome extrema
  4. Perda de peso inexplicável
  5. Fadiga
  6. Visão turva

Se você ou alguém que você conhece está apresentando esses sintomas, é importante buscar orientação médica. O diagnóstico precoce pode fazer uma grande diferença no manejo da condição.

Tratamento para o diabetes tipo 1  

Gerenciar o diabetes tipo 1 envolve algumas mudanças na rotina, mas é possível viver bem com a condição. O tratamento inclui a administração de insulina, gerenciamento regular dos níveis de glicose no sangue, um plano alimentar equilibrado e atividade física regular. Pode parecer um desafio no início, mas com o tempo, essas práticas se tornam parte do seu dia a dia e você pode ir gerenciando, com o acompanhamento do seu médico.

Diabetes tipo 2  

O diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina ou quando o pâncreas não produz insulina suficiente. É a forma mais comum de diabetes, representando cerca de 90-95% dos casos. Diferente do tipo 1, o diabetes tipo 2 pode se desenvolver em qualquer idade, embora seja mais comum em adultos.

Sintomas do diabetes tipo 2  

Os sintomas do diabetes tipo 2 são similares aos do tipo 1 e podem incluir:

  • Sede excessiva
  • Urinar frequentemente
  • Fome extrema
  • Perda de peso inexplicável
  • Fadiga
  • Visão turva
  • Feridas de cicatrização lenta
  • Infecções frequentes

Se você está notando esses sintomas, é importante consultar um médico. O diagnóstico precoce pode ajudar a controlar a condição de maneira mais eficaz.

Tratamento para o diabetes tipo 2

O tratamento para o diabetes tipo 2 pode variar dependendo das necessidades individuais. Muitas vezes, mudanças no estilo de vida, como adotar um plano alimentar saudável e praticar exercícios regularmente, são recomendados. Esses hábitos podem ajudar a manter os níveis de glicose no sangue sob controle e melhorar a saúde.  Além disso, medicamentos orais ou insulina podem ser necessários para ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue.

Manter uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, pode fazer uma grande diferença. A atividade física regular também ajuda – mesmo uma caminhada diária pode auxiliar no gerenciamento do diabetes.

Lidar com o diabetes pode parecer um desafio, mas com as informações e o suporte adequados, é possível gerenciar a condição de maneira eficaz e viver uma vida saudável. Se você tem diabetes tipo 2, lembre-se de que não está sozinho e que há muitas maneiras de cuidar de sua saúde.

Diabetes gestacional

Este tipo de diabetes pode ocorrer em qualquer mulher grávida, e nem sempre apresenta sintomas evidentes. Por isso, é recomendado que todas as gestantes verifiquem a glicemia de jejum no início da gravidez e, a partir da 24ª semana, realizem o teste oral de tolerância à glicose. Fazer o pré-natal é essencial para a detecção precoce do diabetes gestacional, ajudando a evitar complicações tanto para a mãe quanto para o bebê.

Tratamento para diabetes gestacional  

O tratamento para o diabetes gestacional inclui o gerenciamento regular dos níveis de glicose no sangue, tanto em jejum quanto uma hora após as refeições. Manter um plano alimentar saudável, rico em frutas, verduras, legumes e alimentos integrais, é muito importante. Além disso, a prática regular de atividade física é altamente recomendada. Em alguns casos, a insulina pode ser necessária para ajudar a manter os níveis de glicose sob controle.

É importante seguir as orientações médicas durante a gravidez para garantir a saúde da mãe e do bebê. O pré-natal regular permite um acompanhamento detalhado, ajudando a detectar e gerenciar o diabetes gestacional de maneira eficaz.

Pré-diabetes  

A pré-diabetes é uma condição em que os níveis de açúcar no sangue são mais altos do que o normal, mas ainda não altos o suficiente para serem classificados como diabetes. Esta condição aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares no futuro.

Sintomas da pré-diabetes  

A pré-diabetes geralmente não apresenta sintomas visíveis, o que pode tornar o diagnóstico precoce um desafio. Para identificar essa condição, são utilizados testes de glicose em jejum e hemoglobina glicada (A1C). Estes exames ajudam a determinar se os níveis de açúcar no sangue estão elevados.

Tratamento para pré-diabetes  

Se você foi diagnosticado com pré-diabetes, há boas notícias: mudanças no estilo de vida podem ser muito eficazes para reverter essa condição. Adotar um plano alimentar saudável, rico em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, pode ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue. Além disso, a prática regular de atividade física é fundamental. Essas mudanças não só ajudam a prevenir a progressão para o diabetes tipo 2, mas também melhoram a saúde.

Entender a pré-diabetes e tomar medidas para gerenciá-la pode fazer uma grande diferença na sua vida. Se você está em risco ou foi diagnosticado com pré-diabetes, lembre-se de que pequenas mudanças no estilo de vida podem ter um grande impacto na sua saúde.

Quais são as doenças que o diabetes pode causar?

Doenças cardiovasculares

O diabetes aumenta o risco de doenças cardíacas, derrames e pressão alta. Níveis elevados de glicose no sangue podem danificar os vasos sanguíneos e os nervos que controlam o coração.

Nefropatia diabética

A nefropatia diabética é uma complicação que afeta os rins, o diabetes pode danificar os vasos sanguíneos nos rins, levando à insuficiência renal.

Retinopatia diabética

A retinopatia diabética é uma complicação ocular que pode levar à cegueira. Níveis elevados de glicose podem danificar os vasos sanguíneos na retina.

Neuropatia diabética

A neuropatia diabética é uma complicação que afeta os nervos. Pode causar dor, formigamento e perda de sensibilidade, especialmente nas extremidades.

Hipoglicemia

A hipoglicemia ocorre quando os níveis de glicose no sangue caem abaixo do normal. Pode causar sintomas como tremores, sudorese, confusão e perda de consciência.

Hiperglicemia

A hiperglicemia ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão muito altos. Pode causar sintomas como sede excessiva, urinação frequente, fadiga e visão turva.

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