Quando uma pessoa é considerada com diabetes? Entenda

O diabetes tem como característica o aumento dos níveis de glicose no sangue. Isso pode ocorrer por diferentes razões, como a produção insuficiente de insulina pelo pâncreas ou pela resistência do corpo à insulina produzida. Uma pessoa é considerada com diabetes quando apresentar certos níveis de glicose no sangue.

Segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, um indivíduo tem essa condição quando a glicemia em jejum atinge 126 mg/dL ou mais, ou quando os resultados de hemoglobina glicada são superiores a 6,4%. Além disso, o diabetes é considerado alto quando a glicemia em jejum é ainda mais elevada do que o parâmetro para diagnóstico, como 200 mg/dL ou 300 mg/dL.

Se você está preocupado com a possibilidade de ser uma pessoa considerada com diabetes é importante estar atento aos sinais e sintomas. O diabetes tipo 1 e tipo 2 podem apresentar sintomas diferentes. E o tipo 2, em particular, pode se desenvolver de forma mais gradual e ser assintomático por um tempo. Por isso, mesmo que não apresente sintomas evidentes, mas possui fatores de risco, como histórico familiar, obesidade ou hipertensão, é recomendável procurar orientação médica.

O que é pré-diabetes?

O pré-diabetes serve como um sinal de alerta. Os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não altos o suficiente para serem classificados como diabetes. É um estágio intermediário entre a normalidade e o diabetes. É a oportunidade de intervenção para prevenir o avanço para a diabetes tipo 2.

Uma pessoa é considerada com pré-diabetes quando os resultados dos exames de sangue apresentam  valores de glicose alterados. Especificamente, a glicemia em jejum, que é o nível de açúcar no sangue após um período sem ingestão de alimentos, deve estar entre 100 e 125 mg/dL. Valores abaixo de 100 mg/dL são considerados normais. Enquanto que uma glicemia em jejum acima de 126 mg/dL é um indicativo de diabetes.

Outro exame relevante é o teste de hemoglobina glicada (HbA1c). Ele reflete a média dos níveis de glicose no sangue nos últimos dois a três meses. No caso da pré-diabetes, os valores de HbA1c estão tipicamente entre 5,7% e 6,4%. Valores acima de 6,5% geralmente indicam diabetes.

O que é e quais são os sintomas de uma pessoa considerada com diabetes?

O diabetes afeta a maneira como o corpo processa a glicose no sangue e pode se manifestar de várias formas, sendo o tipo 1 e tipo 2 as principais categorias. O tipo 2, em particular, pode se desenvolver de forma mais gradual e ser assintomático por um tempo.

Entre os sintomas mais comuns estão a necessidade frequente de urinar, sede excessiva, cansaço inexplicável, perda de peso sem motivo aparente, aumento do apetite, visão embaçada e cicatrização lenta de feridas. Infecções frequentes também podem indicar a presença da condição, e, em casos mais graves, como na cetoacidose diabética, pode ocorrer um odor frutado no hálito devido à presença de cetonas no sangue.

O pré-diabetes, por outro lado, não apresenta sintomas claros, o que pode levar muitas pessoas a viver com a condição sem saber. Essa falta de sintomas aumenta o risco de progressão para o diabetes tipo 2 e também pode elevar as chances de desenvolver doenças cardiovasculares. Para detectar o pré-diabetes, é possível com o acompanhamento médico e a realização de exames de sangue.

A boa notícia é que o pré-diabetes pode ser revertido ou seu avanço pode ser retardado com mudanças no estilo de vida. Adoção de uma alimentação saudável, rica em fibras e pobre em gorduras e açúcares simples, aumento da atividade física, perda de peso para aqueles que estão acima do peso e cessação do tabagismo são medidas eficazes. Pessoas com fatores de risco para diabetes, como histórico familiar, sobrepeso ou hipertensão, devem realizar exames regulares para monitorar os níveis de glicose no sangue.

Consultar um médico para uma avaliação detalhada é o passo mais seguro se você suspeita de diabetes. Apenas através de exames específicos e diagnóstico médico será possível iniciar o tratamento adequado, se necessário.

O manejo precoce garante qualidade de vida e previne complicações a longo prazo. Portanto, é importante buscar ajuda profissional ao notar sintomas ou ter preocupações sobre sua saúde e risco de diabetes.

Quais os exames para uma pessoa ser considerada com diabetes?

Ao suspeitar de diabetes, é necessário ir ao médico para uma avaliação completa. O profissional poderá solicitar uma série de exames para analisar a sua condição. Atenção: apenas um médico pode interpretar os resultados e fornecer um diagnóstico preciso.

  • Glicemia de jejum: Este exame mede o nível de açúcar no sangue após um período de jejum de pelo menos oito horas. É um dos primeiros exames realizados para detectar diabetes ou pré-diabetes.
  • Hemoglobina Glicada (HbA1c): Este teste reflete a média dos níveis de glicose no sangue nos últimos dois a três meses. Valores elevados podem indicar diabetes ou um controle inadequado da doença em quem já foi diagnosticado.
  • Curva Glicêmica (Teste Oral de Tolerância à Glicose – TOTG): Durante este teste, o nível de glicose no sangue é medido várias vezes após a ingestão de uma quantidade específica de glicose. Ele ajuda a avaliar como o seu corpo processa o açúcar.
  • Glicemia Pós-Prandial: Este exame mede os níveis de glicose no sangue após as refeições e pode ajudar a entender como a glicose é processada pelo seu corpo após a ingestão de alimentos.
  • Teste de Glicemia Capilar: Frequentemente usado por pessoas com diabetes para monitorar seus níveis de glicose ao longo do dia. Este teste pode ser feito em casa com um glicosímetro.
  • Frutosamina: Este teste mede os níveis médios de glicose no sangue nas últimas duas a três semanas. Pode ser útil para pessoas que precisam de um acompanhamento mais frequente do controle da glicose.

Como se previne o diabetes?

A prevenção do diabetes envolve a adoção de um estilo de vida saudável e a realização de escolhas conscientes no dia a dia. O monitoramento regular dos níveis de glicose no sangue permite identificar qualquer alteração que possa sinalizar um risco de desenvolvimento da condição.

Uma alimentação equilibrada, rica em fibras, vitaminas e minerais, e com baixo consumo de açúcares e carboidratos refinados, ajuda a manter a glicemia estável. Alimentos integrais, legumes, verduras e frutas devem ser a base do plano alimentar.

Além disso, a prática regular de atividades físicas ajuda controlar o peso, melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir os níveis de glicose no sangue. Recomenda-se ainda a realização de pelo menos 150 minutos de exercícios moderados por semana. O sobrepeso é um fator de risco significativo para o diabetes tipo 2.

É importante também evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, pois ambos podem aumentar o risco de desenvolver diabetes, além de trazer outros problemas de saúde. Consultas médicas regulares permitem monitorar a saúde e detectar sinais precoces de diabetes ou pré-diabetes.

A educação e a conscientização sobre o diabetes, seus fatores de risco e métodos de prevenção são passos importantes para a manutenção da saúde. Cada indivíduo é único e pode necessitar de orientações específicas de um profissional de saúde, por isso, para um plano personalizado é recomendado consultar um médico ou nutricionista.

Estratégias avançadas de monitoramento

O gerenciamento do diabetes envolve o acompanhamento dos níveis de glicose no sangue e, dessa forma, previne complicações. O monitoramento glicêmico pode ser realizado por meio de dispositivos tradicionais, como medidores de glicose portáteis, ou por sistemas de monitoramento contínuo de glicose (MCG), que oferecem dados em tempo real sobre as variações glicêmicas ao longo do dia. Os MCGs são particularmente úteis para identificar padrões e tendências que podem não ser evidentes com medições esporádicas.

A recomendação é a de que se mantenha um diário de glicemia, registrando não apenas os níveis de glicose, mas também informações sobre a dieta, atividade física e administração de medicamentos. Esse registro permite uma análise mais aprofundada das respostas glicêmicas a diferentes fatores e pode ajudar na identificação de hipoglicemias e hiperglicemias recorrentes.

Além desses métodos, a gestão do diabetes exige uma avaliação contínua e ajustes no tratamento, que devem ser realizados com a equipe multidisciplinar de saúde, composta por endocrinologistas, educadores, nutricionistas e enfermeiros especializados. Essa equipe ajuda na personalização do plano de tratamento, ajustando a terapia com base nas necessidades individuais e na resposta ao tratamento.

A integração de tecnologias avançadas, como bombas de insulina e sistemas de infusão contínua, é uma alternativa quando uma pessoa é considerada com diabetes tipo 1 ou tipo 2 que não conseguem manter um gerenciamento glicêmico adequado com terapia convencional. Estas tecnologias permitem um ajuste mais preciso da insulina em resposta às variações glicêmicas e podem contribuir significativamente para a redução das flutuações glicêmicas e melhora na qualidade de vida do paciente.

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