[Guia completo] Diabetes tipo 2: saiba tudo sobre a doença

Pessoas com diabetes tipo 2 enfrentam um desafio: precisam gerenciar sua condição, já que ela está diretamente ligada ao estilo de vida. Aproximadamente 90% dos casos de diabetes no mundo são do tipo 2, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso significa que a maioria desses casos pode ser controlada e prevenida por meio de mudanças na alimentação e pela prática regular de atividades físicas.

Nessa forma de diabetes, ocorre resistência à insulina e deficiência na sua produção pelo pâncreas. No entanto, fatores como obesidade, histórico familiar da doença, idade avançada e falta de atividade física podem aumentar a probabilidade de desenvolver a condição. Para o seu gerenciamento é necessário adotar um plano alimentar saudável, praticar atividade física regularmente e, em alguns casos, utilizar medicamentos. 

Como hábitos influenciam no diabetes tipo 2?

O diabetes afeta cerca de 22 milhões de pessoas aqui no Brasil, ou seja 10,2% de toda a população brasileira, segundo o Ministério da Saúde.O tipo 2, maioria dos casos, é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias e sem hábitos saudáveis de alimentação. 

A diabetes tipo 2 costuma ser assintomática, mas as manifestações podem ocorrer gradualmente. Os principais sintomas costumam ser aumento da sede, micção frequente e muita fome, além da fadiga.  

Mas se sua rotina alimentar é rica em açúcares refinados, gorduras saturadas e sal em excesso, você pode aumentar o risco de desenvolver a diabetes tipo 2. Optar por uma alimentação balanceada, com foco em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, ajuda a manter o peso, outro risco para a condição, e o diabetes bem gerenciado. Por isso, um cardápio saudável é tão importante para a prevenção e o tratamento.  

Outro hábito que afeta diretamente o desenvolvimento da diabetes tipo 2 é a falta de atividade física. Quando não nos movemos o suficiente, nossos músculos se tornam menos sensíveis à insulina, o hormônio responsável por regular o açúcar no sangue. Portanto,  incorporar exercícios regulares à  rotina é uma forma de prevenir o diabetes e melhorar seu gerenciamento, caso já seja diagnosticado com a condicção. 

Sabia que quando estamos estressados, nosso corpo libera hormônios que aumentam a glicemia? Pois, o estresse prolongado pode se tornar um fator de risco. Encontrar maneiras de lidar com o estresse, como meditação, ioga ou hobbies relaxantes, auxilia na redução de complicações relacionadas ao diabetes, além de deixar a vida mais saudável. 

Além disso, o tabagismo e o consumo exagerado  de álcool estão associados a um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2. Parar de fumar e limitar o consumo de álcool são medidas importantes para proteger nossa saúde metabólica.

Como diagnosticar o diabetes tipo 2? 

O crescimento mais significativo de casos de diabetes no mundo ocorre no tipo 2, que representa cerca de 90% dos casos. Esse tipo de diabetes está diretamente ligado à resistência à insulina e à deficiência na sua secreção. Além de fatores como obesidade, má alimentação e falta de atividade física. 

Detectar os primeiros sinais dessa doença é possível por meio de check-ups de rotina. Por isso, fazer exames regularmente é tão importante, principalmente, em pessoas que apresentam predisposição para o desenvolvimento da doença, como casos na família. 

A melhor abordagem para evitar o diabetes tipo 2 é fazer mudanças no estilo de vida. Quando essa condição se manifesta, os sintomas frequentes, além dos já citados, incluem infecções recorrentes, visão embaçada, dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furúnculos. Prevenir é fundamental, pois o diabetes tipo 2 pode levar a outras complicações de saúde, como problemas cardiovasculares e de visão.

Como se prevenir do diabetes tipo 2

Alimentação saudável

Adotar uma dieta equilibrada rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras pode ajudar a prevenir a diabetes. Reduzir o consumo de açúcares e gorduras saturadas também é importante.

Atividade física

Adultos com diabetes: Pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica de moderada intensidade por semana, ou pelo menos 75 a 150 minutos de atividade física aeróbica vigorosa por semana, associados a exercícios de resistência, .

Crianças e adolescentes com diabetes: Pelo menos 60 minutos de atividade física de intensidade moderada a vigorosa por dia.

Monitoramento regular

Para aqueles com risco elevado de diabetes, o monitoramento regular dos níveis de glicose no sangue é essencial. Isso pode incluir testes de glicose em jejum e hemoglobina glicada (A1C).

Gerenciamento do estresse

Gerenciar o estresse através de técnicas como meditação, ioga e exercícios de respiração pode ajudar a manter níveis saudáveis de glicose no sangue.

Evitar o tabagismo

O tabagismo está associado a um maior risco de diabetes tipo 2. Parar de fumar pode melhorar a saúde geral e reduzir o risco de complicações da diabetes.

Guia para diagnosticar casos de diabetes tipo 2

Sintomas comuns

   – Fique atento a sintomas como sede excessiva, boca seca, cansaço extremo, visão turva ou embaçada, formigamento nos pés ou mãos, vontade frequente de urinar e infecções urinárias recorrentes.

Exames de diagnóstico

O diagnóstico de diabetes tipo 2 é baseado em exames laboratoriais. Os principais são:

Glicemia de Jejum

Um valor igual ou superior a 126 mg/dL indica diabetes.

Teste de Tolerância Oral à Glicose (TOTG)

Se a glicemia duas horas após uma sobrecarga de 75 g de glicose for igual ou superior a 200 mg/dL, é indicativo de diabetes.

Hemoglobina Glicada (A1c)

Um resultado maior ou igual a 6,5% confirma o diagnóstico.

É importante que dois exames estejam alterados para confirmar o diagnóstico.

Fatores de Risco

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver diabetes tipo 2:

  • Sobrepeso ou obesidade.
  • Idade acima de 45 anos.
  • Histórico familiar de diabetes.
  • Pressão arterial alta.
  • Colesterol HDL baixo ou triglicerídeos elevados.
  • Diabetes gestacional prévio.
  • Tabagismo.
  • Problemas cardiovasculares anteriores.

Critérios para rastreamento do DM2 em adultos assintomáticos

  • Idade a partir de 45 anos (universal);
  • Sobrepeso ou obesidade;
  • Mais algum fator de risco dentre os seguintes:
    • Histórico familiar de DM2 em parente de primeiro grau;
    • Etnias de alto risco (afro descendentes, hispânicos ou indígenas);
    • História de doença cardiovascular;
    • Hipertensão arterial;
    • HDL menor que 35mg/dL;
    • Triglicérides maior que 250 mg/dL;
    • Síndrome dos ovários policísticos;
    • Sedentarismo;
    • Presença de acantone nigricans;
    • Pacientes com pré-diabetes;
    • História de diabetes gestacional;
    • Indivíduos com HIV.

Conheça 5 complicações do diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 pode levar a várias complicações graves. Aqui estão algumas das mais comuns:

1) Alterações na visão

Podem levar à cegueira se não forem tratadas adequadamente.

2) Má cicatrização de feridas

Isso pode resultar em necrose e até mesmo amputação do membro afetado.

3) Disfunções no Sistema Nervoso Central

Os nervos podem ser danificados, causando sintomas como formigamento, dor e fraqueza.

4) Problemas na circulação sanguínea

O estreitamento dos vasos sanguíneos pode afetar o coração, cérebro, pernas e outros órgãos.

5) Complicações cardíacas

O diabetes tipo 2 aumenta o risco de doenças cardíacas.

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